Biografia de João Mauro Moraes, primeiro homem diplomado enfermeiro em Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14198/cuid.2023.%2066.06Palabras clave:
Enfermagem, História da Enfermagem, Escola de Enfermagem, Biografia, Enfermeiras e Enfermeiros.Resumen
Objetivos: resgatar e refletir sobre a biografia de João Mauro Moraes, primeiro homem diplomado como enfermeiro em Minas Gerais, Brasil. Metodologia: trata-se de pesquisa histórica e biográfica. Os dados foram coletados de artigos científicos, notícias de jornais, livros, documentos e fotografias. A análise seguiu o Método Interpretativo Narrativo Biográfico. Resultados: o artigo apresenta a história de vida de João Mauro (1936-2017) e sua atuação como atendente de enfermagem no Exército, auxiliar de enfermagem, enfermeiro e gerente de enfermagem do Serviço de Atendimento Médico Domiciliar de Urgência de Itajubá. Discussão: João Mauro fez uma escolha consciente pela enfermagem, sendo respeitado e valorizado socialmente. Sua atuação profissional denota compromisso ético, seriedade, firmeza e respeito à dignidade humana. De sua trajetória profissional fez-se uma reflexão sobre a presença masculina na enfermagem, uma profissão para mulheres e homens. Considerações: João Mauro foi um importante personagem da história da enfermagem, do interior do Brasil, na segunda metade do século XX. Seu pioneirismo rompeu com a hegemonia feminina na formação profissional de enfermagem em Minas Gerais. Seu protagonismo contribuiu para a inserção de homens no curso de enfermagem de uma instituição confessional católica, num tempo em que era mínimo o número de enfermeiros diplomados no país.Financiación
Pesquisa financiada pelos autores.Citas
Ajith A. (2009). In the Pursuit of an Identity: Analyzing the Case of Male Health Care Providers. Masculinities and Social Change. 3, 310-336. Doi: 10.17583/mcs.2020.5461
Bellaguarda MLR, Padilha MI. (2014). Trajetórias escolhidas, vidas compartidas junto ao conselho profissional de enfermagem em Santa Catarina (1960-1970). Rev Hist Enferm, 5(1), 108-135. Recuperado de http://www.abennacional.org.br/centrodememoria/here/vol5num1artigo9.pdf
Bock LF, Vaghetti HH, Bellaguarda MLR, Padilha MI,
Borenstein MS, Kuhnen AE. (2015). A organização da enfermagem e da saúde no contexto da idade contemporânea (1930-1960). Em Enfermagem: história de uma profissão (pp. 259-301). São Caetano do Sul: Difusão.
Braga CG, Ribeiro AAA. (2020). As diretoras religiosas da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz (1955-2016). Rev Min Enferm. 24, e-1276. Recuperado de https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/e1276.pdf
Carvalho AC. (1980). Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - Resumo Histórico 1942 -1980. REEUSP. 14, 1-271. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v14s1/0080-6234-reeusp-14-s1.pdf
Carvalho CA. (2021). Homens na enfermagem: vivências dos primeiros graduados na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (década de 1970). Dissertação. Belo Horizonte: EE-UFMG. Recuperado de https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/36707/1/Carla%20Aparecida%20de%20Carvalho.pdf
Corbally M, O’Neal CS. (2014). An introduction to the biographical narrative interpretative method. Nurse Research, 21 (5). Recuperado de https://journals.rcni.com/nurse-researcher/an-introduction-to-the-biographical-narrative-interpretive-method-nr.21.5.34.e1237
Costa E, Borenstein MS. (2010). Wilson Kraemer de Paula: da trajetória do homem à história da enfermagem psiquiátrica em Santa Catarina. Rev Hist Enferm. 1 (1), 24-34. Recuperado de http://www.here.abennacional.org.br/here/n1vol1ano1_artigo2.pdf
Costa KS, Freitas GF, Hagopian EM. (2017).Men in nursing: academic education after graduation and professional trajectory. Rev enferm UFPE. 11 (3), 1216-1226. Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/13497/16224
D’Antonio P. (2009). Thinking about place: researching and reading the global history of nursing. Rev Texto & Contexto Enferm. 18 (4), 766-772. Doi: 10.1590/S0104-07072009000400019
Egan B. (2021). The Male Nurse: Benefits and Percentages of Men in Nursing. Southern New Hampshire University. Recuperado de https://www.snhu.edu/about-us/newsroom/2019/05/male-nurse
Evans J. (2004). Men nurses: a historical and feminist perspective. Journal Adv Nurs. 47 (3), 321-328. Doi: 10.1111/j.1365-2648.2004.03036.x
Ferreiro-Ardións M, Lezaun-Valdubieco J, Correyero-Tadeo F. (2019). Consideraciones sobre el cirujano comadrón en los siglos XVIII y XIX, el caso de Vitoria (Álava, España). Cultura de los Cuidados, 23 (55). Doi: 10.14198/cuid.2019.55.09
Guimarães A. (1987). História de Itajubá. Belo Horizonte: Imprensa Oficial.
Lopes MJM, Leal SMC. (2005). A feminização presente na qualificação profissional da enfermagem brasileira. Cadernos Pagu, 24 (1), 105-125. Recuperado de https://www.scielo.br/pdf/cpa/n24/n24a06.pdf
McDonald L. (2019). Florence Nightingale, gender issues, and men in nursing. In: The Collected Works of Florence Nightingale. Canada: University of Guelph. Recuperado de http://nightingalesociety.com/wp-content/uploads/2019/12/7-Florence-Nightingale-gender-issues-letter.pdf
McKinlay A, Cowan S, McVittie C, Ion R. (2020). Student nurses’ gender-based accounts of men in nursing. Science Direct. (5), 345-349. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S187704281001476X
Machado MH (Coord.). (2017). Perfil da enfermagem no Brasil: relatório final. Rio de Janeiro: Nerhus-Daps-Ensp/Fiocruz. Recuperado de http://www.cofen.gov.br/perfilenfermagem/pdfs/relatoriofinal.pdf
Paixão, W. (1979). História da enfermagem. Rio de Janeiro: Júlio C. Reis.
Pereira FDO, Dantas RB, Oliveira DRC, Padilha MI, Teodósio SSS. (2019). Biografias de enfermeiras brasileiras: constructos da identidade da profissão. Rev Hist Enferm. 10 (2), 23-34. Recuperado de http://here.abennacional.org.br/here/v10/n2/a2.pdf
Peterson SW. (2008). Father surrogate: historical perceptions and perspectives of men in nursing and their relationship with fathers in the NICU. Neonatal Netw. Jul-Aug. 27 (4), 239-243. Doi: 10.1891/0730-0832.27.4.239
Porto F, Campos PFS, Oguisso T. (2009). Cruz Vermelha Brasileira (Filial São Paulo) na imprensa (1916-1930). Esc Anna Nery Rev Enferm . 13 (3), 492-499. Recuperado de https://www.scielo.br/j/ean/a/WL7MVtGsNRPHtyzGk9JXBQt/?format=pdf&lang=pt
REBEn. (1964). Homens para a Enfermagem. 17 (6), 499. Recuperado de http://reben.com.br/pdf/1964/v17n6_reduzido.pdf
Ribeiro AAA, Freitas GF. (2019). Turma 1963 da EEWB: pioneira na mixidade de gênero. 1st International Congress on the History of Nursing Education/ICoHNE. Ribeirão Preto(SP): ABRADHENF. (1), 85. Recuperado de http://www.abradhenf.com.br/admin/libraryImage/13/16061720735fbc3da96e289.pdf
Shin JH, Seo MH, Lee MI. (2016). Nursing Jobs and Gender in our age of convergence: Research on Male Nurses. Journal of Digital Convergence. 14 (3), 287-297. Doio: 10.14400/JDC.2016.14.3.287
Vitorino DFP, Hertel VL, Simões IAR. (2012).Percepção de moradores de uma cidade de minas gerais sobre o profissional de enfermagem do gênero masculino. Rev Min Enferm. 16 (4), 528-537. Recuperado de https://cdn.publisher.gn1.link/reme.org.br/pdf/v16n4a08.pdf
Zeb H, Younas A, Rasheed SP, Sundus A. (2020). Lived Experiences of Male Nurse Educators: An Interpretive Phenomenological Inquiry. Journal of Professional Nursing. 36 (3), 134-140. Doi: 10.1016/j.profnurs.2019.10.005
Descargas
Estadísticas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Anesilda Alves de Almeida Ribeiro, Genival Fernandes de Freitas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.