Morte Cotemporânea: Rastros valiosos e doradouros e negaÇao da morte?
DOI:
https://doi.org/10.14198/cuid.22030Palabras clave:
Estudos Culturais, Morte, Meios de Comunicação de Massa, Discurso, Subjetivação.Resumen
Ensaio reflexivo cuja propositiva aborda a reportagem contemporânea intitulada “Black Mirror” da vida real: brasileiro funda Startup para recriar pessoas mortas, escrita para a revista Forbes Brasil e publicada no dia 20 de setembro de 2020. O que nos interessa problematizar neste ensaio diz respeito ao governo do outro, à disciplina e às possíveis modificações biopolíticas resultantes dessa eternização de si. A partir dos Estudos Culturais, especificadamente utilizando conceitos de Foucault e Byung-Chul Han, analisa-se como os discursos acerca da morte são apresentados na referida reportagem, entendendo o governo dos corpos e dos modos de vida, numa perspectiva em que uma identidade humana seria mapeada, processada e monetizada em uma inteligência artificial. Ampliando a acepção foucaultiana, estaríamos transitando da sociedade disciplinar e da biopolítica para a sociedade do rendimento e da “psicopolítica”, do panóptico para o “pan-óptico” virtual ou digital. É sedutor permanecer vivo e produzir emoções positivas nas pessoas que amamos, mesmo depois de nossa morte. Para profissionais da saúde essas reflexões são validas na condução das práticas de cuidado e na compreensão sobre a finitude.
Financiación
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.Citas
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