Efeito de uma intervenção com a terapia comunitária integrativa na autoestima e na autoeficácia de usuários de substâncias psicoativas

Autores/as

  • Alisséia Guimarães Lemes Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (CUA), Barra do Garças, Mato Grosso, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0001-6155-6473
  • Elias Marcelino da Rocha Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (CUA), Barra do Garças, Mato Grosso, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0002-0086-8286
  • Vagner Ferreira do Nascimento Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus Universitário de Tangará da Serra. Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0002-3355-163X
  • Rosa Jacinto Volpato Pós-graduação em enfermagem da Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0001-5709-7008
  • Maria Aparecida Sousa Oliveira Almeida Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto, SP, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0002-1448-2923
  • Margarita Antonia Villar Luis Enfermagem Psiquiátrica na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil., Brasil http://orcid.org/0000-0002-9907-5146

DOI:

https://doi.org/10.14198/cuid.2021.60.21

Palabras clave:

Autoeficácia, autoestima, saúde mental, terapias complementares, usuários de drogas.

Resumen

Objetivou avaliar o efeito de um programa de intervenção com a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) na autoestima e na autoeficácia de usuários de substâncias psicoativas. Trata-se de um estudo de intervenção quase-experimental, realizado com 21 internos de três comunidades terapêuticas na região do Vale do Araguaia, submetidos a seis rodas de TCI no primeiro semestre de 2018. A coleta ocorreu em três etapas, utilizando um questionário semiestruturado, a Escala de Autoestima de Rosenberg e a Escala de Autoeficácia Geral Percebida, avaliados por método estatístico não-paramétricos. Os resultados revelaram que a média de idade dos participantes foi de 37,57 anos, sendo homens pardos e solteiros. O uso da TCI auxiliou os usuários na melhora dos níveis de autoestima e autoeficácia quando comparado a etapa inicial (p=0,002; p=0,003). Conclui-se que o uso da TCI apresentou efeitos positivos sobre a autoestima e a autoeficácia, apontando-a como uma importante tecnologia do cuidado em saúde, acessível e de baixo custo, que deve ser inserida no plano terapêutico desses usuários. 

Financiación

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior -CAPES / Novo Prodoutoral / UFMT Nº1762375

Citas

REFERÊNCIAS

Altamirano, M. V., Hernández, J. L. A., & García, A. L. M. (2012). Asertividad y consumo de drogas en estudiantes mexicanos. Acta colombiana de Psicología. 15(1), 131-141.

Ávila, A. C., Yates, M. B., Silva, D. C., Rodrigues, V. S., & Oliveira, M. S. (2016). Avaliação da autoeficácia e tentação em dependentes de cocaína/crack após tratamento com o modelo transteórico de mudança (MTT). Aletheia. 49, 74-88.

Bandura, A. (1989). Human agency in social cognitive theory. American Psychologist. 44(9), 1175-1184.

Barreto, A. P. (2008). Terapia Comunitária passo a passo. 3. ed. Fortaleza: Gráfica LCR.

Baumeister, R. F., Campbell, J. D., Krueger, J. I., & Vohs, K. D. (2003). Does high self-esteem cause better performance, interpersonal success, happiness, or healthier lifestyles? Psychological science in the public interest. 4(1), 1-44, 2003.

Brasil. Ministério da saúde. (2015). Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS: atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde. Colomar, M., Tong, V. T., Morello, P., Farr, S. L., Lawsin, C., Dietz, P. M., et al. (2014). Barriers and Promoters of an Evidenced-Based Smoking Cessation Counseling During Prenatal Care in Argentina and Uruguay. Maternal and Child Health Journal. 1-9.

Brasil. Ministério da Saúde. (2018). Manual de implantação de serviços de práticas integrativas e complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. (2019). Nota Técnica nº 11/2019: Esclarecimentos sobre as mudanças na Política Nacional de Saúde Mental e nas Diretrizes da Política Nacional sobre Drogas. Brasília: Ministério da Saúde.

Cordeiro, R. C., Azevedo, E. B., Silva, M. S. S., Ferreira Filha, M. O., Silva, P. M. C., & Moraes, M. N. (2011). Terapia Comunitária Integrativa na estratégia saúde da família: análise acerca dos depoimentos dos seus participantes. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações. 9(2), 192-201.

Costa, C. T. S., Albuquerque, J. T. P. J., Oliveira, E. N., Rocha, S. P., & Araújo, L. N., Bandeira, A. C. N. (2015). Intervenção motivacional breve no cuidado à saúde do usuário de substância hospitalizado. SANARE Suplemento. 14(2), 25-29.

Creswell, J. W. (2014). Research design: quantitative, qualitative and mixed methods approaches. 4th ed. Sage Publications: CA.

Fernández-Ballesteros, R., Díez-Nicolás, J., Caprara, G. V., Barbaranelli, C. & Bandura, A. (2002). Determinants and structural relation of perceived personal efficacy to perceived collective efficacy. Applied Psychology: an international review. 51(1), 107-125.

Ferreira Filha, M. O., Lazarte, R., & Dias, M. D. (2019). Terapia comunitária integrativa e a pesquisa ação/intervenção: estudos avaliativos. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB.

Ferreira Filha, M.O., Sá, A.N.P., Rocha, I.A., Silva, V.C.L., Souto, C.M.R.M., & Dias, M.D. (2012). Alcoolismo no contexto familiar: estratégias de enfrentamento das idosas usuárias da terapia comunitária. Revista RENE. 13(1), 26-35.

Fisher, S., Zapolski, T.C.B., Sheehan, C., & Barnes-Najor, J. (2017). Pathway of protection: Ethnic identity, self-esteem, and substance use among multiracial youth. Addictive behaviors. 72. 27-32. Recuperado de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28343088.

Formiga, N.S., Souza, R.C.M., Picanço, E.L., & Santos, J.D.B. (2014). Transtorno no uso do álcool e autoestima: verificação de um modelo empírico em diferentes grupos sociais. Mudanças: psicologia da Saúde. 22(1), 9-19.

Giffoni, F.A.O., & Santos, M.A. (2011). Terapia comunitária como recurso de abordagem do problema do abuso do álcool, na atenção primária. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 19(n. Spe), 821-830.

Hutz, C.S., & Zanon, C. (2011). Revisão da adaptação, validação e normatização da Escala de Autoestima de Rosenberg. Revista Avaliação psicológica. 10(1), 41-49.

Karatay, G., & Baş, N.G. (2019). Factors affecting substance use and self-efficacy status of students in eastern Turkey. Ciência & Saúde Coletiva. 24(4), 1317-1326.

Lemes, A.G., Nascimento, V.F., Rocha, E.M., Moura, A.A.M., Luis, M.A.V., & Macedo, J.Q. (2017). Integrative Community Therapy as a strategy for coping with drug among inmates in therapeutic communities: documentary research. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool Droga. 13(2), 101-108.

Lemes, A.G., Rocha, E.M., Nascimento, V.F., Volpato, R.J., Almeida, M.A.S.O., Franco, S.E.J., et al. (2019). Benefícios da terapia comunitária integrativa revelados por usuários de substancias psicoativas. Acta Paulista de Enfermagem. No prelo.

Maldonado, R.M., Pedrão, L.J., Castilho, M.M.A., García, K.S.L., Rodríguez, N.N.O. (2008). Auto-estima, auto-eficácia percebida, consumo de tabaco e álcool entre estudantes do ensino fundamental, das áreas urbana e rural, de Monterrey, Nuevo León, México. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 16(n.Spe), 614-620.

Melo, P.S., Ribeiro, L.R.R., Costa, A.L.R.C., & Urel, D.R. (2015). Repercussões da terapia comunitária integrativa nas pessoas doentes renais durante sessão de hemodiálise. Revista Online de pesquisa cuidado é fundamental. 7(2), 2200-2214. Recuperado de: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/2841/pdf_1521.

Merhy, E.E. (2008). Em busca do tempo perdido: a micropolítica do trabalho vivo em saúde. Recuperado de https://digitalrepository.unm.edu/lasm_pt/145/.

Mesa-Fernández, M., Pérez-Padilla, J., Nunes, C., & Menéndez, S. (2019). Bienestar psicológico en las personas mayores no dependientes y su relación con la autoestima y la autoeficácia. Ciência & Saúde Coletiva. 24(1), 115-124.

Rodrigues, G.C., Alves, R.B., & Martins, P.R. (2019). Relação entre autoeficácia e estratégias de enfrentamento de usuários abstinentes de drogas. Revista Saúde e Pesquisa. 12(2), 283-294.

Ronzani, T. M., Noto, A. R., Silveira, P. S. (2014). Reduzindo o estigma entre usuários de drogas: guia para profissionais e gestores. Juiz de Fora: Editora UFJF.

Rosenberg, M. (1989). Society and the adolescent self-image. Revised Edition. Middletown, CT: Wesleyan University Press.

Sbicigo, J.B., Teixeira, M.A.P., Dias, A.C.G., & Dell’Aglio, D.D. (2012). Propriedades Psicométricas da Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAGP). Revista PSICO. 43(2), 139-146.

Silveira, C., Meyer, C., Souza, G.R., Ramos, M.O., Souza, M.C., Monte, F.G., et al. (2013). Qualidade de vida, autoestima e autoimagem dos dependentes químicos. Ciência & Saúde Coletiva. 18(7), 2001-2006.

United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC). (2018). Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. Booklet 1. E18(XI.9), 34. Recuperado de https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/drogas/relatorio-mundial-sobre-drogas.html.

Estadísticas

Estadísticas en RUA

Publicado

25-07-2021

Cómo citar

Lemes, A. G., Rocha, E. M. da, Nascimento, V. F. do, Volpato, R. J., Almeida, M. A. S. O., & Luis, M. A. V. (2021). Efeito de uma intervenção com a terapia comunitária integrativa na autoestima e na autoeficácia de usuários de substâncias psicoativas. Cultura De Los Cuidados, 25(60), 305–319. https://doi.org/10.14198/cuid.2021.60.21

Número

Sección

Teoría y métodos enfermeros